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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Transtorno sem fim

Obras que era para a Copa ficaram para… algum dia. 

Bancos que não têm problemas de fila. Essa é a única vantagem em meio a diversas complicações trazidas pelos sucessivos atrasos da obra de requalificação da Avenida das Américas. A construção de trincheiras nas ruas Joaquim Nabuco e Claudino dos Santos integra o Corredor Marechal Floriano Peixoto, previsto inicialmente para estar pronto em abril de 2014.

Com a demora da obra, os estabelecimentos comerciais seguem amargando prejuízos. As agências bancárias localizadas no início da Avenidas das Américas, para quem vem pelo prolongamento da Rocha Pombo, há muito tempo não registram o movimento habitual. Morador do bairro Afonso Pena, o serralheiro Edgar Telli, 49 anos, e a filha e chef de cozinha Kendra Telli, 26, explicam que enfrentam o transtorno da obra para economizar tempo no banco. “É a única vantagem em meio a esse caos que não termina nunca e não dão mais nem prazo. Todo mundo que usava esse caminho para acessar o Boqueirão fica se perdendo nas rotas que restaram”, comenta Edgar. “Já fizeram o bolo do primeiro ano de atraso e pelo jeito caminhamos para o segundo aniversário dessa vergonha”, acrescenta Kendra.

Localizada quase no final da rua Rocha Pombo, bem em frente ao bloqueio que demarca as obras e o início da Avenida das Américas, a Auto Center Ello foi inaugurada 30 dias antes de começarem a requalificação. “Somos de fora e fizemos todo um estudo para escolher um ponto com alto fluxo de veículos. A vantagem comparativa que teríamos encerrou um mês depois de abrir a loja”, lembra o gerente comercial Valdenir Francisco de Brito. Como consequência, a meta de atendimento projetada para o primeiro ano da empresa é metade do esperado. “Não sei mais quanto tempo conseguiremos seguir investindo no negócio sem o mínimo necessário, que é essa obra pronta”.

Chuvas e eleições

Segundo o diretor técnico da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Sandro Setim, o atraso na obra foi agravado pelo período entre setembro e novembro de 2014, quando as fortes chuvas fizeram o concreto descer entre as bicas das cortinas feitas na trincheira da Joaquim Nabuco. Isso exigiu a ampliação do serviço em caráter emergencial. “Como era um período eleitoral, o custo adicional exigiu um aditivo no contrato paralisando a obra. Quando encerraram as eleições, veio o fim do ano fiscal do Estado e somente com a reabertura do ano fiscal de 2015 que foi possível garantir a dotação orçamentária para o término da obra”, detalha.

O diretor informa que novo prazo para a conclusão da requalificação da Avenida das Américas com as duas trincheiras é entre maio e junho deste ano. Segundo ele, embora a obra seja financiada como recursos do PAC da Copa que, depois do evento, passou a ser PAC da Mobilidade, os gastos adicionais, em média 21% a mais do que o valor inicial, são custeados pelo governo estadual, daí a necessidade de dotação orçamentária para o término da obra.

Fonte: Paraná Online

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