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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Em SJP, não respeitam a Lei do Silêncio, incluindo a Prefeitura. Reportagem flagrou propaganda da Festa do Pinhão e Vinho acima de 100 decibéis. Fiéis da IURD no centro transformam a vida da vizinhança em um “inferno” com cultos de domingo às 7h.

 
A moradora ao lado da IURD, Rosilene Przydzemirski, às 7h de domingo, antes do culto 

Há muitos anos, que o PautaSJP.com publica reportagens da falta de respeito em São José dos Pinhais da Lei do Silêncio. A poluição sonora é comum, seja nos Parque São José, quando ligam o batidão nos equipamentos dos carros, nos cultos religiosos das igrejas, até mesmo de madrugada, com os vizinhos que não sabem que por trás das paredes há ouvidos, entre outros casos.
 
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E a própria Prefeitura que se utiliza de caminhões de som para propagar as recentes festas realizadas do Pinhão e do Vinho. A reportagem flagrou, com um aplicativo de decibelímetro, a publicidade nas ruas centrais do município, destas festividades, que chegou a 104 decibéis, quando o máximo permitido nas ruas, em horário de pico, são 70 decibéis. 

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Mesmo quem não foi aos shows de Fernando e Sorocaba ou Michel Teló com certeza ouviu que eles estariam por aqui, porque o som e o conteúdo da propaganda era facilmente entendido em todo o quarteirão por onde os caminhões de som passavam. O PautaSJP.com encaminhou pedido de posicionamento da Prefeitura como causadora de poluição sonora e está no aguardo do contato.

Os exageros são passíveis de punição conforme regulamentação no Código de Posturas da própria Prefeitura. O Código é um conjunto de regras de convivência e funcionamento da cidade estabelecido pelo Executivo Municipal. O artigo 104 traz a seguinte informação: “as infrações desta lei serão punidas com multa de 3% a 30% do salário mínimo vigente na região, além da suspensão de funcionamento pelo prazo de um a seis meses, no caso de reincidência”.

Viva e trabalhe com barulho
Uma empresária, que preferiu não se identificar, encerrou as atividades de seu espaço de eventos porque o vizinho faz locação nos fins de semana da chácara ao lado. O respeito ao sossego pelo jeito nunca fez parte do contrato de locação, pois o equipamento de som era ligado de manhã pelos inquilinos pontuais e desligado somente de madrugada.

“Foram várias reclamações para a Polícia Militar e Guarda Municipal, inclusive para a Prefeitura que nada fez. Infelizmente, tive que parar o atendimento porque os clientes e a gente não conseguia aguentar a música alta”, lembra a proprietária.

No caso da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), o barracão adquirido na Rua Norberto de Brito, que ocupa quase uma quadra inteira com a Avenida das Américas, está funcionando com a realização de cultos desde o segundo semestre de 2014. Em setembro do ano passado, eram 1h30 da madrugada e os fiéis estavam em vigília usando caixas de som e microfones.

“A gente escuta de dentro de casa o culto inteiro. O que os pastores falam ao microfone vibra por todo o barracão e o som chega claramente. Sem contar que já houve banda gospel com guitarra, baixo e bateria. Reclamamos inúmeras vezes para a Guarda Municipal Prefeitura. Os cultos de quarta-feira de noite geram um grande incômodo mas nada se compara aos cultos de domingo, às 7h. Se a gente quer descansar domingo não dá”, questiona a moradora da Rua Norberto de Brito, Rosilene Przydzemirski, que reside ao lado da futura Catedral da IURD, prédio de mais de 10 mil metros quadrados.

A reportagem também entrou em contato com os pastores da IURD, mas até o momento da produção da matéria não houve retorno. O tema será tratado novamente, em breve.

Fonte:PautaSJP

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