Publicidade

Sobre São José dos Pinhais

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS - PR

O Município de São José dos Pinhais está localizado numa área territorial com latitude 25 graus 32 minutos SUL e longitude 49 graus e 12 minutos W-GR, situa-se aproximadamente a 15 Km de Curitiba (SETR/99), faz parte da Região Metropolitana. Sua área urbana fica a Noroeste, mais próxima de Curitiba. As principais localidades são: Colônia Murici, Colônia Marcelino, Colônia Zacarias, Barro Preto, Cachoeira, Campo Largo da Roseira, Roseira de São Sebastião, Guatupê, Borda do Campo e outros.

LIMITES:

Norte: Curitiba, Pinhais e Piraquara

Sul : Tijucas do Sul

Leste : Morretes e Guaratuba

Oeste : Mandirituba e Fazenda Rio Grande

Superfície: 952,86 Km² –

Fonte: Planimetrado pelo INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ – IAP, área sendo revisada pela Fonte.

 

RELEVO:

São José dos Pinhais é parte integrante do primeiro planalto e possui uma altitude média de 900m, porém, existem diferenças de altitudes na região que variam de 300 a 1200m, caracterizado por topografia suavemente ondulada, com colinas de topos amplos de altitudes uniformes. Os solos predominantes são classificados como latossolo vermelho-amarelo álico, horizonte A proeminente, textura argilosa, fase campo subtropical, relevo suave ondulado. Os solos das áreas aluvionares são classificados como solos orgânicos álicos, fase campo subtropical, de várzea com relevo plano.

As principais serras são: Serra do Mar, Serra do Castellhano e Serra do Fula. Na região onde o município faz divisa com Guaratuba, Morretes e parte de Piraquara estão as Serras do Mar e do Castelhano, nos limites com Mandirituba temos a Serra do Fula.

Encontramos em Campo Largo da Roseira uma região de planície, enquanto em outras regiões existe irregularidades no terreno (Colônia Murici, Colônia Marcelino, Malhada, Contenda, etc.) estas áreas são destinadas ao cultivo e produção agrícola.

 

HIDROGRAFIA:

O maior rio em volume d’água é o rio Iguaçu, faz divisa em toda sua extensão entre o município de São José dos Pinhais e Curitiba. A maior parte dos outros rios são afluentes e subafluentes do Iguaçu: Rio Itaquí, Rio Pequeno, Rio Miringuava, Rio Cotia, Rio Despique, Rio Cerro Azul, Rio da Roseira.

Outros rios: Rio de Una, Rio São João, Rio do Arraial, Rio da Prata, Rio Castelhano, Rio Capivari e outros.

A represa do Vossoroca localiza-se no extremo sul do Município, destina-se ao fornecimento de água à Usina de Chaminé, situada também ao sul de São José dos Pinhais, próxima à divisa de Tijucas e Guaratuba.

 

CLIMA:

A Região Metropolitana de Curitiba situa-se quase que inteiramente dentro do domínio climático Cfb köeppen, isto é, clima sempre-úmido, com chuvas em todos os meses do ano e com temperatura média do mês mais quente inferior a 22ºC.

O Clima do município é subtropical úmido mesotérmico, de verdes frescos e com ocorrência de geadas severas e frequentes, não apresentando estação seca, a média de temperaturas dos meses mais quentes é inferior a 22ºC e a dos meses mais frios é inferior a 18ºC.

 

VEGETAÇÃO:

O componente biológico é integrado pelos fatores ambientais flora e fauna. As características climáticas conferidas pela localização geográfica e variação altitudinal originam regiões fitogeográficas distintas na Região Metropolitana de Curitiba, que se conformam em ambientes característicos para a fauna, quais sejam Floresta Ombrófila Densa, florestra Ombrófila Mista e Estepe Gramíneo- Lenhosa.. Fitogeograficamente, a região das nascentes dos rios Pequeno e Itaqui, nos contrastes da Serra do Mar, é considerada como um sistema sde transição do tipo ecótono entre a Floresta Ombrófila Mista e a Floresta Ombrófila Densa e sua importância reside na existência de espécies exclusivas de ambas as regiões fitogeográficas convivendo simultaneamente, aumentando a diversidade florística da região.Pela observação da cobertura arbórea existente nestas bacias, pode-se observar que a maior área recoberta por florestas está exatamente no curso superior destes rios, decrescendo à medida em que tomam o rumo oeste, em direção ao rio Iguaçu.

 

ENERGIA ELÉTRICA:

A COPEL – Companhia Paranaense de Energia Elétrica é responsável pelo atendimento a esse setor. O número de ligações de energia elétrica é de 56.047 (10/99).

 

ABASTECIMENTO DE ÁGUA:

O município de São José dos Pinhais é atendido pela SANEPAR – Companhia de Saneamento do Paraná. O número de domicílios com ligação de água – 29.661 (12/96).

 

TRANSPORTE:

A. Rodoviário:

O município de São José dos Pinhais possui localização extremamente privilegiada separada de Curitiba apenas por algumas pontes sobre o rio Iguaçu, é cortada pelas BR277 e 376, e Contorno Leste, sendo o elo de ligação entre o Sudoeste, Centro-Oeste, Nordeste e Sul do Brasil e os países do Mercosul. Para atendimento da população existem duas empresas de ônibus – Auto Viação São José dos Pinhais que possui linhas para Curitiba e linhas urbanas para as periferias o que beneficia muito toda a população, existindo diversos horários até à madrugada para atendimento dos trabalhadores. Possui uma empresa para o interior(zona rural) e periferias mais distantes Sanjotur. Possui ainda linha do “ligeirinho” do Terminal Central de São José dos Pinhais até o bairro da Barreirinha, em Curitiba.

B. Aeroviários:

Em 1997 foi inaugurado o novo Aeroporto Internacional Afonso Pena , um dos mais modernos do país. O ato de entrega do novo Aeroporto Internacional Afonso Pena, que a INFRAERO faz ao Brasil e ao Paraná, é motivo de grande regozijo, pela magnitude da obra e pelo que representa no campo do desenvolvimento, da economia, do turismo e da integração mundial. Foi-se o tempo em que o aeroporto era um mero local para embarque e desembarque de passageiros. O novo Aeroporto Internacional Afonso Pena proporciona todas as facilidades e conforto para os três milhões anuais de passageiros previstos e será um importante centro de polarização e alavancagem do progresso paranaense voltado para o Mercosul. Reúne o que há de mais avançado em tecnologia de apoio à atividade aeroportuária e, marcadamente, nos domínios da eletrônica, telemática e automação. Seus pisos possuem uma área construída de 29.400 m², o que torna o quinto maior aeroporto brasileiro.

 

ILUMINAÇÃO PÚBLICA:

A cidade possui iluminação em toda região central e na periferia (ruas centrais).

 

TELECOMUNICAÇÕES:

Os serviços de telecomunicações são atendidos pela TELEPAR – Telecomunicações do Paraná, cobrindo tanto a telefonia rural como a urbana. A telefonia interurbana está integrada ao Sistema de Discagem Direta à Distância (DDD) e a Discagem Direta Internacional (DDI). Número de telefones instalados: 15.896 (12/96).

 

MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA:

A. Locais:

Uma emissora de rádio: Radio Mais (AM) e uma FM .

 

B. De outras cidades:

Estações de Rádio mais ouvidas (FM): 98 FM, Cultura, Transamérica, Caiobá, Jovem Pan.

Principais jornais em circulação: Gazeta do Povo, Folha de São Paulo, Gazeta Mercantil, Jornal O Estado do Paraná.

Fonte: Site da Prefeitura Municipal www.sjp.pr.gov.br

 


História
Os primeiros europeus que circularam por terras paranaenses eram portugueses e espanhóis em busca de riquezas naturais. Foi de São Paulo que partiram várias expedições para os sertões brasileiros em busca de ouro ou de índios para o trabalho escravo. Uma delas descobriu pequena quantidade de ouro no litoral paranaense e como conseqüência ali se formou um pequeno povoado. Pouco tempo depois, em janeiro de 1649, era instalada a Vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá.
Procurando descobrir ouro em outras localidades paranaenses, partiram de Paranaguá duas expedições, uma em 1649 e outra em 1651. O resultado foi animador, pois Ébano Pereira, chefe das duas expedições, registrava em um relatório a descoberta de ouro em rios do planalto. A notícia da descoberta de ouro nestes rios provocou o surgimento do Arraial Grande, um pequeno povoado situado junto ao rio do Arraial. Foi ele o primeiro povoado português das terras são-joseenses. Até então, o espaço onde atualmente se localiza o município de São José dos Pinhais, foi ocupado por grupos das sociedades indígenas. Primeiramente por povos caçadores e coletores e na época da chegada dos portugueses por grupos que pertenciam às famílias lingüísticas dos Jê e Tupi-Guarani. O crescimento do Arraial Grande aconteceu de uma forma rápida e desordenada, pois nele os portugueses pretendiam permanecer somente enquanto houvesse ouro para explorar. Na mesma época do surgimento deste povoado, diversos portugueses se tornaram proprietários de grandes extensões de terras no espaço hoje ocupado pelo Município. Entre eles, estava o Padre João da Veiga Coutinho que se tornou dono das fazendas Águas Bellas e Capocu.
A Fazenda Águas Bellas possuía uma excelente localização, pois era cortada por importantes caminhos percorridos pelos primeiros colonizadores. Foi nesta Fazenda, provavelmente junto a sua sede, que no ano de 1690 ocorreu a inauguração da Capela de Bom Jesus dos Perdões. A presença da Igreja Católica era importante para o lugar, isto porque na época, a Igreja fazia parte do processo administrativo de colonização. Com a inauguração desta Capela, o espaço são-joseense passou a ter uma autoridade que representava o Governo Português. Pouco tempo depois, no ano de 1721, o Ouvidor Geral Raphael Pires Pardinho solicitava a eleição das primeiras autoridades para a Freguesia de São José. Na organização administrativa colonial, as freguesias eram povoações que contavam com uma autoridade eclesiástica local e possuíam representantes junto à administração pública da vila a que pertenciam. Esta Freguesia possuía um enorme território, com uma pequena e pobre população. A maioria vivia de uma agricultura de subsistência e poucos se dedicavam ao comércio das “Casa de Venda”, que comercializavam alguns alimentos, tecidos e utensílios para o lar e a lavoura. Eram três os principais caminhos que cortavam as terras da Freguesia de São José: Caminho do Arraial, que ligava o litoral ao planalto; Caminho dos Ambrósios fazia a ligação com o litoral catarinense; Caminho de São José – Curitiba, usado por moradores da Freguesia e viajantes dos outros dois caminhos.
O ouro era pouco e por volta de 1750, sua exploração estava praticamente extinta. Sem outra atividade econômica lucrativa, o crescimento populacional foi muito lento. Durante todo o século XVIII e a primeira metade do século XIX, a Freguesia de São José possuía uma população pobre e dispersa, onde a grande maioria vivia de uma agricultura de subsistência. Embora fosse esta freguesia uma das maiores da região, ela foi abandonada pelas autoridades locais (Câmara Municipal da Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba), como também pelas autoridades regionais (Capitania de São Paulo e depois Província de São Paulo).
No dia 16 de julho de 1852, foi sancionada a Lei nº 10 da Província de São Paulo, criando o Município de São José dos Pinhais. A sua instalação e a posse solene dos primeiros vereadores ocorreu no dia 08 de janeiro de 1853. A mesma lei definia que a sede do novo Município ficaria na então também criada “Villa de São José dos Pinhais”. Em 27 de dezembro de 1897, esta vila recebeu a categoria de cidade. Assim, a sede do Município passou a ser a Cidade de São José dos Pinhais.

Fonte: Maria Angélica Marochi (Historiadora)